segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Entre o Sol e as Estrelas



Escuros, Sombrios, Gélidos, Misteriosos. Junto dos cometas de logo período, os Planetóides mais distantes são o que podemos, atualmente, perceber dos confins do Sistema Solar. E revelar que mais uma vez, a previsibilidade da ciência antecipa suas descobertas: a Nuvem de Oort.

Os Planetóides marcam os limites dos domínos planetários, duas vezes. No Sistema Solar interior, o Cinturão de Asteróides divide o domínio dos planetas terrestres e o dos gigantes gasosos. No exterior, a vasta faixa de Kuíper se extende por dezenas de unidades astronômicas. Entre restos de formações, colisões e protoplanetas, os planetóides que tiveram acreção suficiente para que a gravidade vença a tensão de corpo rígido e assumam a forma esférica, mas não suficiente para limpar a vizinhança de planetesimais e ter assim expressivo domínio orbital, são catalogados como Planetas Anões. Desses, a distribuição na faixa de Kuíper vai até o disco disperso, onde reina o Planeta Anão Éris, e uma região orbital ainda mais remota chamada Disco Disperso Prolongado - embora há autores que já considerem objetos do disco disperso prolongado como objetos da nuvem de Oort.